Infraero, de volta ao azul, quer 19 ativos em nova subsidiária

São Paulo, 13/02/2017 – A Infraero pretende deixar para trás quatro anos seguidos de prejuízo e voltar ao azul em 2017, após ter perdido o controle de seis aeroportos, que representavam 53% de suas receitas.  O ajuste deve permitir um lucro operacional em torno de R$ 470 milhões, segundo projeções recém-fechadas da empresa, que acaba de entregar um detalhado plano de recuperação à cúpula do governo.

Segundo matéria publicada no jornal Valor Econômico, a Infraero Aeroportos incorporaria 19 terminais, em três etapas diferentes, e teria capital aberto até o fim de 2018. A proposta tem como premissa manter o controle acionário da Infraero nas mãos da União e descarta novas concessões de aeroportos nos próximos anos.

O Banco do Brasil já foi contratado para preparar a modelagem financeira. A ideia não é necessariamente o lançamento de ações em bolsa, mas analisar a possibilidade de seguir essa alternativa ou buscar um investidor estrangeiro como sócio minoritário.

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Matéria – Valor Econômico

 

Mudança em MP beneficia Guarulhos, Brasília e Viracopos

As concessionárias dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos estão prestes a remover um importante obstáculo para o desenvolvimento de seus negócios. O governo aceitou dar garantias às operadoras de que elas poderão assinar contratos de exploração comercial e imobiliária que ultrapassem o atual período de vigência de suas concessões, segundo matéria pulicada no jornal O Valor Econômico.

Hoje as operadoras só têm permissão para assinar contratos comerciais e imobiliários até o ano em que deixam de administrar os terminais. Isso dificulta a atração de empreendimentos como hotéis, shopping centers e torres de escritórios no entorno dos aeroportos.

Segundo a matéria, uma emenda deve ser incorporada na MP 752, medida provisória assinada pelo presidente Michel Temer em novembro e que ainda está em tramitação no Congresso Nacional. A ideia é que a alteração legal dê mais conforto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para adaptar os contratos de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos.

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Matéria – Valor Econômico

Futuro do modelo gera debates no governo

O Ministério da Fazenda tem preferência em dar continuidade do programa de concessões, com a oferta em leilão de terminais como o de Congonhas (SP) e o Santos Dumont (RJ), considerados as duas “joias da coroa” mantidos pela estatal. Além de trazer mais operadores para o mercado, isso pode levantar bilhões de reais em outorga em um momento delicado das contas públicas, segundo matéria publicada no jornal Valor Econômico.

No entanto, outras alas do governo federal, como o Ministério dos Transportes, apoiam ao plano de criação de uma subsidiária da Infraero para ficar com os aeroportos lucrativos ou potencialmente rentáveis que ainda não foram privatizados, mas admitem mais privatizações de aeroportos médios. Ativos como os de Ilhéus (BA) e de São José dos Campos (SP) já tiveram manifestação de interesse por operadores privados, como a empresa Socicam.

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Matéria – Valor Econômico

 

David Abreu | david.abreu@goassociados.com.br

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