POR JARBAS DE HOLANDA
O fôlego do governo Temer para uma retomada da pauta reformista vai depender, em grande medida, da escala de apoio que terá amanhã no plenário da Câmara dos Deputados à rejeição da segunda denúncia da PGR contra o presidente e dois dos principais ministros. Uma vitória por placar em torno ou maior do que aquele que rejeitou a primeira lhe dará condições para tal retomada. Enquanto o bloqueio por uma margem bem menor, abaixo de 240 votos, terá repercussão muito negativa na mídia, favorecendo reações políticas e as corporativas a qualquer mudança do caótico sistema da Previdência. Bem como a projetos e medidas importantes retardados pelo impacto das delações dos dirigentes da JBS, desdobrado pela do doleiro Lúcio Funaro. Entre os quais (projetos e medidas) destacam-se o aumento da contribuição previdenciária dos servidores ativos e inativos, o fechamento da reforma trabalhista, os critérios de privatização da Eletrobras.
Coincidentemente com a deliberação sobre a denúncia, o Copom deve anunciar amanhã nova queda da taxa Selic, fator favorável ao reforço da atração de investimentos privados para o conjunto da economia, em especial para as áreas de infraestrutura.
