POR JARBAS DE HOLANDA
No primeiro plano, um dado significativo de retomada do crescimento: o IBC-Br (índice do Banco Central que antecipa tendência do PIB), registrando avanço de 1,31% em fevereiro, propiciado por incremento nos setores de serviços, comércio e agropecuária. O que ensejou a retomada de expectativas do mercado e de vários analistas econômicos de que o PIB de 2017 possa crescer em torno de 1%, ou até um pouco mais, refletidas na recuperação, ontem, de 2,4% do Ibovespa, após perdas expressivas na semana passada.
Expectativas, porém, explicitamente vinculadas à viabilização das reformas trabalhista e da Previdência, que está sendo tentada no Congresso. Da qual dependerá, além da reversão da sufocante crise fiscal e novos investimentos, a própria continuidade do governo Michel Temer. Afetado pelo impacto de novas revelações (da chamada “delação do fim do mundo”) contra ministros do núcleo político do Palácio do Planalto, inclusive o presidente. Cujo principal empenho reativo será a busca de aprovação, já esta semana, das duas reformas nas comissões especiais da Câmara.