POR JARBAS DE HOLANDA
Duas medidas relevantes de resposta à crise fiscal – a elevação de 11% para 14% da alíquota previdenciária dos servidores federais com vencimentos acima do teto do INSS e o adiamento de 2018 para 2019 do reajuste salarial deles –, anunciadas dois meses atrás e retardadas para depois da decisão legislativa sobre a segunda denúncia da PGR contra o presidente da República, foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje. Juntas elas deverão garantir R$ 12,6 bilhões extras ao Tesouro no próximo ano, com economia de despesas e aumento de receitas. Os custos dos servidores ativos e inativos constituem fator importante do déficit do sistema previdenciário. Que não para de crescer e cujo enfrentamento – do conjunto de desafios ¬– ganha de fato prioridade com os passos, simultâneos, que o presidente e a equipe econômica estão dando no sentido da retomada, rápida, no Congresso da PEC da Previdência (para a tentativa de aprovação de pontos básicos dela). Enfrentamento que motivará, a partir das próximas semanas, agressivas reações contrárias do corporativismo e do lulopetismo.