São Paulo, 04/10/2016 – A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, órgão do governo do Estado responsável pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), recebeu a menor previsão de orçamento desde o início da atual gestão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), em 2011. Em valores atualizados, a verba para investimentos da secretaria em 2017 é 14% menor do que o Orçamento aprovado para o ano corrente, de acordo com a matéria publicado pelo jornal o Estado de S. Paulo.
Com uma obra paralisada por prazo indefinido (a Linha 6-Laranja) e três com atrasos de mais de um ano (4-Amarela, 15-Prata e 17-Ouro), o Metrô, que é uma empresa de economia mista e tem orçamento próprio, também tem redução expressiva de previsão de investimentos. Os dados que constam na proposta orçamentária enviada pelo governo Alckmin à Assembleia Legislativa mostram queda de 13% na previsão de gastos, de R$ 3,89 bilhões, em 2016, para R$ 2,9 bilhões no ano que vem.
Segundo a matéria, a queda resulta da freada nas obras da Linha 6-Laranja, prevista para ligar a Brasilândia, na zona norte, à Estação São Joaquim, da Linha 1-Azul. A previsão de gastos com o ramal caiu de R$ 1,2 bilhão, no Orçamento atual, para R$ 259 milhões para 2017. A redução de gastos é causada pela conclusão da etapa que mais consumiria dinheiro público para esta obra: as desapropriações de imóveis que darão lugar à linha.
No entanto, segundo o jornal, o governo reservou mais verba de investimentos no ano que vem para a modernização das linhas já em operação. As Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha devem ter R$ 210 milhões para execução de obras e outras melhorias, o que significa acréscimo de 27% ante o orçamento em vigência, ainda em valores atualizados. No mesmo passo, a peça traz aumento das verbas para investimento em melhorias das linhas já existentes da CPTM, de R$ 402 milhões, em 2016, para R$ 629 milhões no ano que vem.
David Abreu – david.abreu@goassociados.com.br