Crise fiscal. Efeitos e alta de impostos pressionam por reforma da Previdência

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POR JARBAS DE HOLANDA

Dominado inicialmente pelo impacto negativo do aumento dos combustíveis e por novo contingenciamento de recursos orçamentários, de quase R$ 6 bilhões, o noticiário econômico do final da semana passada e começo desta desdobrou-se em várias matérias sobre os efeitos restritivos da crise fiscal. Com destaque para a queda dos investimentos na infraestrutura (em obras públicas e em concessões rodoviárias “que não avançam”), objeto de manchete do Globo, de hoje: “Contas que não fecham. Investimento em queda livre”. E para a persistência e ampliação do descompasso entre as receitas, menores, e as despesas maiores das prefeituras das capitais no primeiro quadrimestre deste ano.

Diante da gravidade do descontrole e das implicações paralisantes do descontrole das contas públicas das três esferas política-administrativas, o Valor publica grande reportagem com o seguinte título: “Adiar reforma da Previdência para 2019 terá custo fiscal elevado, diz Credit Suisse (Economia com pagamento de benefícios em dez anos diminuiria 3,6 pontos do PIB)”.

A retomada da cobrança e da urgência dessa reforma – nos meios empresariais e por várias lideranças partidárias no Congresso – reflete a combinação de fatores econômico e político. O primeiro decorrente da piora da crise fiscal; e o segundo da expectativa já prevalecente da continuidade do governo Michel Temer, com a provável rejeição pelo plenário da Câmara da primeira e de mais denúncias que ele sofre da PGR. O que induziria o presidente, a rigor, compelindo-o, à retomada do empenho por rápida viabilização da reforma da Previdência.

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