A retirada da pré-candidatura de Joaquim Barbosa – por “decisão estritamente pessoal”, anunciada por ele na manhã de hoje – constitui o primeiro fato concreto de contenção do enorme elenco de postulantes na disputa presidencial à frente. Antecipando o processo de simplificação que se configurará mesmo antes do início efetivo das campanhas após a Copa da Fifa, em face de novas pesquisas eleitorais.
No polo da esquerda, tal processo dependerá, sobretudo, da postura conclusiva do PT (a ser decidida por Lula) sobre o lançamento de candidatura própria ou apoio a um aliado, alternativas que vão agravando a disputa interna no partido enquanto se esgotam as perspectivas legais de liberdade e de candidatura do ex-presidente. A alternativa de apoio – que segue rechaçada por Lula – está apontando como provável beneficiário o postulante do PDT, Ciro Gomes. Respaldado numa articulação de governadores nordestinos – do próprio PT, como os do Ceará e da Bahia, e o do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB que, assim, esvazia a pré-candidata deste partido.
E no campo das forças do centro, esse processo de simplificação da disputa presidencial vai orientando-se no sentido de uma composição em torno de Geraldo Alckmin. A qual poderá contar com amplo tempo de propaganda na TV e no rádio, aglutinando o PSDB, o MDB e o DEM, ademais do PSD e do PPS, que já o apoiam, e o PP.
POR JARBAS DE HOLANDA