São Paulo, 15/09/2016 – Associações de construtoras que incluem empresas de médio porte esperam que as condições de financiamento sejam iguais, se houver estrangeiras em certames de concessão do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), segundo matéria publicada hoje na coluna de Maria Cristina Frias no portal do jornal Folha de S. Paulo. Uma das novidades da lei que instituiu o programa é a obrigatoriedade de divulgar os projetos em outros países.
“Vai haver entrada de estrangeiras, e é preciso que estejam sujeitas à legislação brasileira de fio a pavio. O financiamento não pode ser discriminatório”, diz José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da construção) ao portal da Folha. Para ele, a participação de empresas de fora é natural e só haverá problema se elas ocuparem um espaço excessivo.
Na visão de Carlos Eduardo Lima Jorge, diretor-executivo da Apeop (associação de obras públicas), as empreiteiras estrangeiras devem fazer consórcio com as nacionais em um primeiro momento. “Afirmo isso depois de ter conversado com empresários italianos e portugueses”, disse Carlos Eduardo à Folha.
Infraestrutura foi um setor dominado por grandes empreiteiras com participação do BNDES, e isso dificultou a presença de empresas de outros países, afirma Mauro Penteado, sócio do escritório de advocacia Machado Meyer ao portal. “É provável que, nesse estágio, o governo esteja mais interessado em investidores institucionais que na atuação de construtoras estrangeiras”, diz o advogado. “As grandes empreiteiras também não estão dispostas a perder a onda, se forem bons projetos.”
David Abreu – david.abreu@goassociados.com.br