São Paulo, 12/09/2016 – Um consórcio formado por nove empresas de pequeno e médio porte, sem tradição no setor de concessões rodoviárias, foi motivo de inúmeras especulações em setembro de 2013. O grupo chamado Planalto desbancou grandes companhias como CCR, Ecorodovias e Odebrecht e arrematou a BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, conforme matéria publicada hoje pelo jornal Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, para o mercado, era muita pretensão para aquele grupo querer levar adiante um projeto de R$ 3 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão teria de ser aplicado nos primeiros cinco anos de concessão. Os prognósticos de uma nova quebra de contrato não se confirmaram.
Formada pelas empresas Senpar, Construtora Estrutural, Construtora Kamilos, Ellenco Participações, Engenharia e Comércio Bandeirantes, Gregor, Maqterra Transportes e Terraplenagem, TCL e Vale do Rio Novo, o consórcio MGO (que nasceu a partir do grupo Planalto) se transformou em referência no mercado. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) quer incentivar outras empresas a criar consórcios semelhantes para disputar concessões em todas as esferas do poder público.
Para o presidente da MGO, Paulo Nunes Lopes, a criação do grupo foi formado na boca a boca. “Um foi falando para o outro e, de repente, tinha empresa com faturamento de R$ 70 milhões e outras de quase R$ 1 bilhão interessadas em fazer parceria ” disse Lopes, ao Estadão. Segundo ele, o segredo para compatibilizar empresas com culturas tão distintas foi criar um bom programa de governança. Ele conta também que o grupo estuda repetir a mesma formação em novas concessões rodoviárias, dependendo das condições estabelecidas pelo governo.
David Abreu – david.abreu@goassociados.com.br