As reservas internacionais brasileiras chegaram a US$ 370 bilhões em outubro, um nível elevado e uma garantia ao país contra crises cambiais. Entre 2006 e 2011, houve forte acumulação de reservas em dólar no Brasil com a farta liquidez internacional e o aumento nos preços das commodities. Nos últimos anos, as reservas continuaram a crescer, embora em ritmo menor.
Como o país pode se aproveitar desse elevado nível de reservas para estimular os investimentos em infraestrutura? Estudo preparado pelos economistas Gesner Oliveira e Luiz Fernando Castelli, da GO Associados, com apoio do consultor Fernando Fernandes, tentam responder essa questão.
O levantamento, “O que fazer (e o que não fazer) com as reservas internacionais”, mostra que uma alternativa seria a criação de um fundo soberano voltado para a aplicações em debêntures conversíveis em ações. Os aportes no fundo seriam condicionados à obtenção de metas de resultado primário do governo, sendo um complemento ao ajuste fiscal em curso. Existem exemplos internacionais de sucesso, como os fundos soberanos de Cingapura, China e Abu Dhabi.
Além disso, outras duas propostas sugeridas por especialistas seriam o abatimento de parte da dívida pública com o uso de parcela das reservas, dado o elevado custo de carregamento desses recursos em moeda estrangeira, ou a criação de um Fundo de Compensação de Variações Cambiais (FCVC), que seria fonte de hedging cambial para empresas que tomarem recursos externos para investimentos em infraestrutura.
Clique no link abaixo para detalhes do estudo preparado pela GO Associados.
Apresentação: Reservas Internacionais
Mauro Arbex – mauro.arbex@letrasefatos.com.br