Guerra de Janot contra Temer. E a “agenda positiva” do governo

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POR JARBAS DE HOLANDA

Sob as tensões da espera do julgamento pelo TSE, entre hoje e quinta-feira, do processo para a cassação da chapa Dilma/Temer, e tendo em vista influenciá-lo num sentido ou noutro, acentua-se o conflito entre a PGR, de Rodrigo Janot, e o Palácio do Planalto. A prisão hoje cedo do ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista Henrique Eduardo Alves, e ontem a entrega ao chefe do governo de 82 questionamentos da Polícia Federal centrados no áudio do encontro no Palácio do Jaburu entre ele e Joesley Batista, ocorrido em março último, são duas das ações do procurador Janot (com respaldo do relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin) visando a cassação do mandato de Temer. Que reagiu acusando o procurador de agressivo abuso de autoridade contra ele; pedindo ao STF prorrogação de prazo para resposta a tal questionamento; e reforçando as articulações para conseguir maioria de votos no TSE contra a cassação, no referido julgamento. Bem como promovendo e antecipando medidas da “agenda positiva” do Planalto – pró-investimentos na infraestrutura e no trâmite de reformas no Congresso (para aprovação nesta terça da PEC Trabalhista, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).

Uma nova e significativa notícia sobre a crise política e um de seus possíveis desdobramentos foi a pesquisa do Datafolha: 51% dos leitores do jornal favoráveis à eleição indireta (constitucional) de um sucessor de Temer, no caso de seu afastamento, contra 46% defensores de eleição direta. Pesquisa feita em abril por esse instituto indicava que 85% da população apoiavam a segunda opção.

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