POR JARBAS DE HOLANDA
PIB de 2017 reduzido da projeção de pequeno aumento de 0,50%, na semana passada, para o de apenas 0,41%. De par com a de queda da relativa à inflação (de 3,90% para 3,71%), favorável ao objetivo de maior depreciação da taxa de juros mas atribuída sobretudo à persistência do quadro recessivo de muitas atividades produtivas e de grande desemprego, que deprime o consumo. Dados negativos do boletim Focus, de hoje, confirmados pela movimentação do mercado financeiro durante a manhã: queda além de 0,50% da Bovespa, para bem menos de 62 mil pontos, e novo aumento da cotação do dólar, para perto dos R$ 3,30.
Tais previsões e reações refletem a sequência da incerteza, e insegurança, dos agentes econômicos sobre a capacidade do presidente Temer de garantir a aprovação de reformas essenciais e a própria governabilidade – mesmo após a vitória, polêmica, que conseguiu no TSE na última sexta-feira. Insuficiente pois ele continua ameaçado por agressivas ações da Procuradoria Geral da República (com potencial de deteriorar as relações do Executivo com a cúpula do STF) e dependente do respaldo do Congresso para preservação de seu mandato. Dependência esta que pode ser atenuada por provável decisão do PSDB, nesta 2ª feira, de manter apoio ao governo.