‘Limite de gasto público não deve ser pela metade’, diz economista

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São Paulo, 08/09/2016 – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos deve ser aprovada sem exceções para evitar perda de credibilidade do ajuste fiscal, na visão do presidente da Inter. B Consultoria Internacional e ex-economista do Banco Mundial, Cláudio Frischtak, conforme a entrevista publicada no jornal o Globo.

“É preciso passar a PEC dos gastos de uma forma íntegra, e não pela metade, por assim dizer, como se fosse um navio que começa a ter furos no casco. Se não o navio vai afundar” alerta Frischtak.

O economista elogia a centralização dos projetos e afirma que há um conjunto enorme de oportunidades. Ele acredita que há interesse de investidores. Frischtak, conhecedor das necessidades de infraestrutura do país, alerta que o governo só tem efetivamente 18 meses para fazer as concessões deslancharem e defende que se avance no fortalecimento das agências reguladoras e na segurança jurídica.

Para o economista, vivemos uma emergência fiscal, que segundo ele ficará por alguns anos. “Consequentemente, toda a população tem que participar, não só o setor privado e seus empregados.” Para Frischtak, é possível que o governo avance nos próximos dois anos. Segundo ele, os investimentos em infraestrutura são uma boa forma de retomar o crescimento.

“Há um excesso de demanda de investimentos, enquanto o mundo vive excesso de recursos, em um cenário de taxas de juros baixíssimas”, afirma Frischtak ao jornal O Globo.

David Abreu – david.abreu@goassociados.com.br

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