Editorial do Valor mostra a relevância da aprovação esta semana na Câmara dos Deputados do projeto que aperfeiçoa o limitadíssimo cadastro positivo do sistema financeiro. Aprovação travada na semana que passou, e que enfrenta fortes resistências de parlamentares da esquerda e de partidos do chamado Centrão. E projeto que constitui uma das poucas propostas da equipe econômica ainda com possível acolhimento pelo Congresso (no qual um governo Temer enfraquecido politicamente também não está podendo fazer avançar a privatização da Eletrobras).
O “aperfeiçoamento” ou ampliação do cadastro positivo possibilitará (ou possibilitaria) uma grande queda dos juros dos empréstimos bancários em geral – de 125,7% ao ano, em fevereiro último, aproximando-os da taxa média de juros, 26,32%, cobrados da pequena minoria das operações de crédito consignado – que beneficia cerca de 5 milhões de pessoas, e deixa à margem 100 milhões de brasileiros que poderá abarcar.
No editorial, representante do ministério da Fazenda afirmou que tal ampliação poderá derrubar os persistentes entraves a novos investimentos. Entre os quais ele destaca os voltados a serviços financeiros. E certamente também a bateria de empreendimentos na infraestrutura – PPPs e concessões – inviabilizados pelos enormes, proibitivos, custos dos juros bancários.
POR JARBAS DE HOLANDA