São Paulo, 06/10/2016 – Caso seja aprovada, a PEC dos gastos imporá um limite para o crescimento dos gastos públicos, ajudando a conter a expansão da dívida pública e consequentemente a reduzir os elevados juros internos. Esta é a opinião do economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados. Em sua coluna na rádio Bandeirantes, hoje pela manhã, Gesner comentou a projeção do FMI para o crescimento da economia brasileira no ano que vem e como a PEC de gastos pode contribuir para a recuperação econômica.
“A projeção do FMI de queda de 3,3% para o PIB neste ano e pequeno crescimento de 0,5% para 2017 está próxima à média das expectativas do mercado”, afirmou Gesner. Segundo o Focus desta semana, a projeção para a variação do PIB deste ano é de queda de 3,14% e crescimento de 1,3% para 2017. De acordo com o Banco Mundial, que também divulgou nesta semana projeções para a economia brasileira, o PIB deve cair 3,2% este ano e crescer 1,1% em 2017.
Para Gesner, o cenário é bom quando comparado aos dois últimos anos, mas ainda longe de ser uma situação confortável. Dos países da América do Sul, por exemplo, o desempenho do Brasil deverá ser superior apenas ao da Venezuela e Equador. “A vantagem do Brasil é que mudamos de rota. Em vez do populismo, há uma tentativa de ajuste”, afirmou.
“Daí a importância do avanço das propostas de ajuste fiscal, como a PEC de limitação de gastos, que pode ser votada ainda hoje na Comissão Especial da Câmara”, lembrou. Para ele, a imposição de um limite para o crescimento dos gastos do governo é o primeiro passo para a retomada do crescimento. “É condição essencial para conter a dívida pública e possibilitar uma redução dos juros”, afirmou.
Rafael Oliveira – rafael.oliveira@goassociados.com.br