POR JARBAS DE HOLANDA
O mercado financeiro reagiu, rápida e negativamente, a declarações feitas pelo presidente Michel Temer reconhecendo elevado grau de dificuldade para a retomada da tramitação no Congresso da reforma da Previdência. Fato avaliado assim na abertura de reportagem do Valor: “Sem apoio suficiente hoje para aprovar a reforma da Previdência Social no Congresso, o presidente admitiu ontem que a proposta pode sequer ser votada e que não interpretará isso como fracasso do governo”. Ao longo da manhã, a Bovespa já registrou queda de 1%, atribuída sobretudo à repercussão de tais declarações.
Depois de amanhã, sexta-feira, estão previstos atos “unitários” – em São Paulo e outras capitais – das cúpulas do movimento sindical, com o apoio de diversos segmentos da elite do funcionalismo público, contra o começo de vigência da reforma Trabalhista e o projeto da Previdenciária. Os atos de protesto tiveram sua convocação estimulada pelo fracasso das tentativas de manutenção do imposto sindical obrigatório por meio de Medida Provisória, descartada pelo Palácio do Planalto, e de projeto legislativo emergencial, também descartado pela presidência da Câmara dos Deputados.
