POR JARBAS DE HOLANDA
Aprovação ainda este mês da reforma da Previdência pelo plenário da Câmara, de par com seu encaminhamento mais rápido no Senado. Para que ela possa ser votada e aprovada pelo do Senado até o final deste mês. O que facilitará, ou facilitaria, uma decisão favorável dela, conclusiva, por 3/5 dos senadores ainda neste semestre, não restando isso, com riscos maiores, para agosto ou setembro. Este foi o objetivo básico dos encontros extraordinários mantidos sábado e domingo pelo presidente Michel Temer com lideranças das duas Casas do Congresso. Num contexto em que a viabilidade de tal decisão dependerá, também, da votação final da reforma trabalhista pela Câmara, nas próximas semanas.
Quanto à oposição do PT – ademais da insistência dele e de seus aliados no bloqueio parlamentar às reformas – a prioridade desta semana é a tentativa de converter o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro na quarta-feira em ruidosa manifestação “popular” de apoio ao ex-presidente. Num cenário em que a delação do petista ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, (confirmando os dos donos da Odebrecht e da OAS, Leo Pinheiro), levou Lula a partir para a confrontação explícita e radical à operação Lava-Jato.
A vitória, ontem, de Emmanuel Macron na disputa da presidência da França teve forte e favorável repercussão internacional. Contendo a ameaça à continuidade da União Europeia, e estimulando processos reformistas em todo o mundo. Inclusive no Brasil.