Previdência. Problemas ainda maiores se reforma atrasar

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POR JARBAS DE HOLANDA

Segue incerta a aprovação da proposta “enxuta” da reforma da Previdência – pela Câmara nas próximas semanas e pelo Senado no início do próximo ano. Mas tem crescido significativamente a percepção política e social do imperativo de que se contenham os enormes gastos previdenciários nas três esferas do poder público, principal fator da forte redução dos recursos para investimentos e políticas sociais. Pelos atuais governos e, mais restritivamente ainda, pelos que serão eleitos em 2018, se eles não forem limitados e revertidos. Percepção que está levando partidos e lideranças políticas com projetos eleitorais majoritários competitivos – inclusive as de oposição – a reconhecerem a necessidade de tal aprovação (estas combinando postura retórica contrária com menos resistência à proposta no Congresso). Enquanto a percepção social melhora como efeito da nova campanha do governo Temer centrada no combate aos privilégios da elite dos servidores públicos.

Os custos econômicos e sociais de um novo atraso do desencadeamento da reforma foram bem sintetizados na semana passada pelo ex-ministro Delfim Netto. Segundo ele, “Por inevitável, ela será aprovada agora, no início de 2018, ou com maiores custos, depois da instalação do futuro governo federal. É impensável que o Brasil de amanhã se torne o Rio de Janeiro de hoje”.

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