Respiro da turbulência política reabre espaço para a reforma da Previdência

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JARBAS DE HOLANDA

Esse respiro, do governo nos meios empresariais, ocorre por causa do recesso parlamentar iniciado após a rejeição da denúncia da PGR contra o presidente Temer na CCJ da Câmara e o fecho no Senado da reforma trabalhista (seguido de sua sanção pelo chefe do Executivo). Foi favorecido também pela condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sérgio Moro, que pôs o PT e aliados na defensiva.

E os dois dados da conjuntura – tal respiro e a reabertura de espaço para o trâmite legislativo dessa reforma – refletem indicadores, bem contraditórios, do comportamento da economia. De um lado, pequena reversão do desemprego, persistência de queda da inflação e perspectiva de mais redução dos juros. Mas, de outro, cortes mais agudos, e de graves implicações sociais, nos investimentos públicos em resposta ao descompasso negativo crescente entre receitas e despesas (de custeio e sobretudo do sistema previdenciário), nas três esferas administrativas.

Contraposição de indicadores que reforça o imperativo e a urgência (cobrada pelo conjunto do mercado e reassumida por Temer) da reforma desse sistema. Considerada indispensável para recuperação da confiança dos investidores. E sem o quê a crise fiscal seguirá agravando-se, para o atual governo e o que será eleito em 2018, bem como para os dos estados e municípios.

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