POR JARBAS DE HOLANDA
Leitura, hoje à tarde no Senado, do parecer do relator, Ricardo Ferraço, do projeto da reforma trabalhista (etapa da tramitação da matéria que a oposição tentará impedir). Encontro ontem do ministro Henrique Meirelles com investidores externos, aos quais procurou garantir a continuidade da agenda reformista federal que, segundo ele, seguirá contando com respaldo do Congresso. E enfáticas declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, confirmando essa perspectiva.
Esses fatos e manifestações evidenciam o esforço para a viabilização das reformas estruturais como principal resposta ao agravamento da crise política e à ameaça de erosão da governabilidade. Resposta útil à defesa do mandato do presidente Temer, mas que transcende esse objetivo constituindo peça-chave do alternativo entendimento já em curso entre os principais partidos da atual base parlamentar governista (PMDB, PSDB, DEM, PSD) para a montagem de eleição indireta do chefe de um novo governo – entendimento cujo item básico é a manutenção do conjunto da equipe econômica reformista.
Os passos para tal resposta (com as duas alternativas) podem ser o fator dos bons números registrados hoje pela manhã no mercado financeiro: aumento de mais de 1,5% na Bovespa e pequena queda da cotação do dólar.