Retomando confiança na última semana, mercado agora tenso com o “risco Palocci”

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POR JARBAS DE HOLANDA

Na segunda semana de maio, bons passos dados pelo governo Temer para a institucionalização das reformas Trabalhista e da Previdência e o grande desgaste do lulopetismo com o forte impacto da quebra do sigilo da delação dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura (após o esvaziamento das manifestações programadas para o depoimento de Lula em Curitiba).

Fatores que, combinados, reanimaram as expectativas dos agentes econômicos, internos e externos, na viabilidade dessas reformas. Traduzidas em recuperação significativa dos índices de Bovespa, para o patamar dos 68 mil pontos, e em queda da cotação do dólar, para menos de R$ 3,10. E traduzidas também nas projeções do boletim Focus, divulgadas hoje cedo, de reversão positiva do comportamento do PIB, para 0,50% e de sequência de baixa da inflação – que fortalece a tendência de queda maior da taxa Selic no próximo encontro do Copom.

Mas, de sexta-feira em diante, tais expectativas passam a ser contidas, refreadas, por preocupações do sistema financeiro com um novo risco político-econômico colocado à frente: o da delação do ex-ministro Antonio Palocci. A qual, ao lado de efeitos letais para os ex-presidentes Lula e Dilma, poderá envolver, também, peças importantes de um segmento empresarial poupado até agora nas investigações anticorrupção: os grandes bancos do país. O que “elevou a temperatura dos profissionais desse mercado”, segundo a colunista do Valor, Angela Bittencourt, em seu artigo de hoje, intitulado “Risco Palocci é prova de fogo para o mercado”.

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